Pra ser feliz, iludo-me que sou.
Mas se penso, deixo de ser.

À minha frente
– e à minha volta –
o mundo chora.

Por ele, nada posso.
Extrapola a dor o seu limite.
Em cada um, há outro.
Se tento esconder-me, mostro-me mais
a mim mesmo.

Uma flor se abre.
Um pássaro voa.
O peso da vida, porém,
me separa deles.

Iludo-me. Um abraço
talvez fizesse bem.