POETA MARGINAL
Acredita no poder das palavras.
Com elas faz e desfaz
o seu dia. Depois, o seu mês.
Acredita que delas virão
recompensas. Talvez tardem
mas não falham!
É um sonho. Enquanto dorme
as palavras trabalham.
Acorda com elas e às vezes,
quando menos espera,
sai um verso ou até um poema.
Aos poucos vai se formando
o livro. O título
virá por último.
Não há pressa. À margem
de quase tudo, tem a si próprio.
E é muito.